quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Pedagogia da Leitura - by Ivo Phrancis de MG - Belo Horizonte
Pedagogia da Leitura
Ivo Phrancis
Oi Meu Caro Lalá!
Deveras há que se concordar que apesar de difíceis, são saudosos os tempos do milho, da cinta e do chinelo.
Só não conheci a da "vara de marmelo", famosa, da minha avó paterna.
Se bem que lá ela exagerou e houve reflexos em todos os filhos, mas nenhum deles foi parar na cadeia por causa dos traumas, ao contrario, de alguma forma, mais suave, educaram bem os seus filhos pois as mulheres com as quais se casaram trouxeram mais doçura.
É interessante saber como este mundo "redondo" é tão pequeno, e você conhecer o apresentador do programa.
Que à voz dele se façam ecos, não para regredirmos à idade da pedra, mas acordar a tempo de evitarmos uma sociedade futura totalmente deliquente, formada por pessoas sem limites.
Por um tempo, a pobreza foi desculpa para jovens rebeldes, agora todas as classes são afetadas e muitas familias estão criando "uma elite marginal".
Consoante [aproprio-me de seu termo, tão bem colocado], ainda vejo alguma esperança se unirmos, todos, nossas forças, e trazermos de volta algum limite, algum respeito.
Nessa temática, recentemente conversei com o Edu sobre algumas observações minhas quanto a educação.
De tanto acompanhar noticiários, onde os pequenos marginais são entrevistados, finalmente percebi que os infelizes têm um vocabulario menor do que um papagaio pode aprender.
Note isto quando estiver assistindo aos telejornais. Os maiores também, ou seja, analfabetismo cultural e formal.
Eu tive a sorte de ter pais bibliófilos e li muito na infancia, antes dos nove anos, já lera José de Alencar e Machado de Assis [obras completas], depois veio Eça de Queiroz, Érico Veríssimo e tantos outros, além do muito preferido Julio Verne [quase todas as obras].
E assim foi até a faculdade. Hoje já não leio tanto e sinto muito falta. Mas, em suma, adquiri vocabulario e formas de pensar o mundo, as pessoas e a vida.
Isto falta aos jovens de hoje.
Em vários document\ários, de entidades que atuam com jovens carentes, onde a leitura foi introduzida com ênfase, percebe-se que, pelo menos ali, para boa parte do grupo, "o fracasso não está programado", pois, segundo Bernard Charlot, "o fracasso escolar é programado" como forma de manutenção da ideologia política e da dominação de classes.
Eis pois, aqui, um desafio que estou colocando para todos nós ex-alunos salesianos, levar os livros e as leituras a todos os jovens com empenho, pois talvez esta possa ser a mais difícil, porém, a mais gratificante de todas as obras que consigamos realizar.
E, talvez, no futuro, realmente, não sejam mais necessarias
"as duras pedagogias do passado".
E, dentro do tema, minha irmã que é pedagoga, psicopedagoga e pedagoga empresarial, estará promovendo o IV ENPE [Encontro Nacional de Pedagogia Empresarial] aqui em BHZ, maiores informações aos interessados através do www.pedagogiaempresarial.com.br.
Grande e fraternal abraço,
--
Ivophrancis
"O Planeta não está em perigo! Nós estamos!
Marina Silva, meu voto é seu!"
[55][31] 3309-6923 / 9169-6923
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Recebi o video da amiga Neuza e depois de assisti-lo, lembrei-me de que no meu tempo se usava a pedagogia da cinta. Não nego que muitas vezes ela foi aplicada em mim e, não raro, merecidamente. Depois a mãe ia chorar escondido, só mais tarde eu descobri e ela mesma confirmava. As perninhas ficavam quentes, nada grave, de ir para o pronto socorro.
E hoje?
Ah! Hoje tem um tal de estatuto, onde tudo é considerado violencia, a tal ponto que um vizinho pode denunciar o outro por dar umas chineladas nos filhos. E os pais perderam o seu patrio poder, sua autoridade. Tem moleque que até afronta os pais se estes o ameaçarem com o chinelo e vão chamar a policia.
Nas escolas, nem se fala. Professores, que antes eram mestres, agora são servis empregados da maioria dos alunos, tanto faz a classe social, que quanto mais alta pior em desacato a autoridade dos mestres.
Para a sociedade, penso eu, o estatuto da criança e adolescente foi mal feito e é permissivo. Qualquer menor de rua sabe mais seus direitos do que de seus deveres e afrontam a policia e a sociedade. O cidadão que agredir um pivete desses vai para a cadeia enquanto ele ficará livre, rindo e fazendo coisas piores porque não há limites para eles.
Enfim, nem tanto ao céu, nem tanto à terra, mas a sociedade precisa repensar urgentemente a sua postura e resgatar valores que ainda permitam que as gerações futuras respeitem as autoridades naturais.
Assista ao video e tire suas proprias conclusões, A mim não assusta o que o apresentador diz. Mas ajuda a pensar.
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Ivophrancis
Oi Ivo...
Conheço o Prates, este comentárista gaúcho que mora em Florianópolis - SC
Ele faz bons comentários e este é um deles... rs!
Pedagogia da cinta e do relho para as crianças rebeldes.... Consoante esta corrente antiga, e talvez eficiente.
Hoje, tudo mudou...
Abraços do amigo que foi educado na pedagogia do milho, da coluna (seminário), da cinta e dos olhares
adultos raivosas que eram entendidos prontamente.... rs!
Velhos tempos, mas saudosos e respeitosos.
Agora, a vida mudou e as minorias possuem Direitos que se consolidam na vida democrática mundial.
E viva a Vida com constantes mudanças.
www.laerciobeckhauser.com
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