sábado, 28 de novembro de 2009

DISCURSOS MENSAGENS - CEM MANEIRAS DE COMUNICAR

DISCURSOS MENSAGENS


PASCUAL CHÁVEZ

MENSAGENS DO REITOR-MOR NO B.S. -

EDUCAR COM O CORAÇÃO DE DOM BOSCO NOVEMBRO :
DISCURSOS MENSAGENS



PASCUAL CHÁVEZ




MENSAGENS DO REITOR-MOR NO B.S. -

EDUCAR COM O CORAÇÃO DE DOM BOSCO Imagem BS
NOVEMBRO :
CEM MANEIRAS DE COMUNICAR

A nova situação da cultura da comunicação oferece possibilidades inéditas de educação e evangelização. A comunicação social, hoje, é o caminho obrigatório para a difusão da cultura e dos modelos de vida. É parte significativa da experiência juvenil. (CDM 19)



Grande forjador de ambientes educativos / evangelizadores, Dom Bosco, soube intuir a bondade e a força das linguagens da comunicação para incidir de modo original e eficaz sobre os jovens.


Soube tocar as fibras do coração.
Era não só um evangelizador/educador, como também um comunicador nato. A ecologia comunicativa inventada por Dom Bosco propunha-se a clara finalidade que um dos meus predecessores, padre Egídio Viganò, definiu de forma lapidar: educar evangelizando, evangelizar educando, entrelaçamento inseparável na missão salesiana. Ele conseguia tirar o melhor dos jovens fazendo deles protagonistas da própria educação, e o melhor dos educadores/evangelizadores fazendo deles testemunhas do evangelho e animadores da rica epifania juvenil.

 No oratório, um grande leque de propostas comunicativas tocava a vida de tantos jovens "pobres e abandonados" que vinham dos vales a Turim. Casa, escola, catecismo, missa, trabalho, banda de música, teatro, excursões, jogos, oficinas, boas-noites, narrações de sonhos, pregações, palavrinhas ao ouvido, bilhetinhos com mensagens personalizadas etc. comunicavam uma cultura, um modo de colocar-se em relação com Deus, com o mundo e com os outros.

 Esse conjunto abria a vida à esperança, à confiança, ao sentido, quando talvez isso já tivesse sido perdido por alguns. O oratório representava, enfim, uma sólida e bem fundada alternativa cultural.




Dom Bosco, porém, ia mais além. O seu gênio comunicador manifesta-se numa carta veemente da qual cito um pequeno fragmento: "A difusão dos bons livros é uma das finalidades principais da nossa Congregação. [...] Por isso, entre os livros que se devem difundir eu proponho que se dê importância àqueles que têm fama de serem bons, morais e religiosos, e devem-se difundir as obras saídas das nossas tipografias [...] Com o Boletim Salesiano, entre as minhas muitas finalidades, tive esta: manter vivo nos jovenzinhos que retornam às suas famílias o amor ao espírito de S. Francisco de Sales e às suas máximas, e eles mesmos serem salvadores de outros jovenzinhos".[1] Dom Bosco Foi, portanto um educador/evangelizador/comunicador. Como escrevi na carta dedicada à Comunicação Social (CS),[2] para os Salesianos a CS fundamenta-se na mesma missão da Igreja,[3] o que exprimimos na paixão por Deus, na paixão pela salvação dos jovens, no "da mihi animas cetera tolle". Por isso, a CS não é algo de externo e, muito menos, de estranho à missão, mas até mesmo nasce dela. Por isso, o Salesiano, como filho de Dom Bosco, é por natureza um evangelizador/educador/comunicador.



Somos hoje testemunhas de que os jovens criaram um ambiente próprio, o assim chamado ambiente digital, um habitat natural no qual se sentem senhores.
O fato foi observado inicialmente com desconfiança.

É justo reconhecer, porém, que, deixando para trás as eras da pedra e do escalpelo, do papel e da tinta, das paredes e salas, e da escuta passiva, os jovens reclamem linguagens novas, novos métodos e novas maneiras de educação e evangelização.

Eles querem ser autores e atores do próprio espaço, da própria linguagem e dos próprios conteúdos, inventam e recriam a própria pessoa e exigem liberdade de navegação e diálogo no ciberespaço.

 Pois bem, se ali eles estão, ali também nós devemos estar: educando, anunciando, testemunhando.
 Fora desses espaços e linguagens não somos mais vistos nem ouvidos nem entendidos pelos jovens.
Não poderíamos educador nem incidir evangelicamente na cultura.




Essa nova realidade não nos deve assustar, e nem podemos rechaçá-la: correríamos o risco de abandonar os jovens que a habitam, e que já são a grande maioria. Ali eles nasceram, ali vivem, ali trabalham, ali se divertem, ali tecem relações, ali se alegram e ali sofrem, e poderia até mesmo dizer que muitos ali morrem; basta entrar nas redes sociais: Second Life, ou MySpace, ou Facebook, ou algum blog, ou no Youtube, ou...




Se o Sistema Preventivo reclama a presença do Salesiano "no pátio", entre os jovens, devemos então refletir, atualizar e pôr em prática a presença do Salesiano educador/evangelizador nos novos pátios da comunicação; para onde convergem tantos meios, onde as paredes não são de tijolos ou de cimento, os fios condutores não são apenas de metal ou fibra, mas também de energia e ondas, captadas e lançadas por satélites através do espaço.

 Encerro, citando o Papa Bento XVI:
"Gostaria de concluir esta mensagem dirigindo-me, de modo particular, aos jovens católicos, para exortá-los a levar ao mundo digital o testemunho da sua fé.


Caríssimos, senti-vos empenhados a introduzir na cultura deste novo ambiente comunicativo e informativo os valores nos quais se apoia a vossa vida!"

[1] Circular de Dom Bosco sobre a difusão de bons livros: E.Ceria, Epistolario di S.G.Bosco, vol. 4, p. 318ss, lett. 2539, 19.03.1885




Fonte:
http://www.sdb.org/sdbweb/index.asp?Lingua=5&VaiHP=on&MyURL=../PR/Documenti/2009/_5_19_32_1_30_.asp

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