Pe. Orestes C. Fistarol em Joinville celebrando a missa
com demais padres salesianos com a urna de Dom Bosco
David T. Vegini (Joinville - SC)
David T. Vegini reverenciando a urna de Dom Bosco
Laércio Beckhauser
Ex-alunos salesianos de Joinville -= SC
Dom Bosco visita o Estado de Santa Catarina
(Por David T. Vegini - Joinville)
Ex- aluno salesiano David Taborda Vegini - (Joinville - SC - Brasil)
Ex-alunos salesianos com a Urna de Dom Bosco em 20/nov/2009 em Joinville - SC
Foto acervo de Laércio Beckhauser -
http://www.laerciobeckhauser.com/
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Dom Bosco visita o Estado de Santa Catarina
O ano de 2009 é relevante no Brasil pelo fato dos restos mortais de Dom Bosco percorrer o País que ele, em sonho, sobrevoou, antevendo o grande futuro de sua congregação e as imensas riquezas que o solo brasileiro ocultava.
Ainda em vida, em 1883 enviou para Niterói seus filhos e dois anos depois (1885) autorizou a criação do Liceu Coração de Jesus em São Paulo.
Desses focos a congregação se expandiu por todo o país.
Teria, Dom Bosco, ouvido falar da Província de Santa Catarina?
(Nos idos de 1880 o Estado de "Santa Catharina" ainda era denominado pelo governo central, como Província.)
Acreditamos que sim, pois a partir da segunda metade do século XIX, muitos italianos da região do norte da Itália imigraram para o Brasil e não poucos se dirigiram para o nosso Estado.
O próprio Dom Bosco tomara para si a preocupação com o futuro destas almas, aconselhando os missionários que partiam para a Argentina que tivessem um zelo todo especial pelos imigrantes, recomendando, como uma das atividades específicas, a assistência aos seus compatriotas italianos.
Esse zelo de Dom Bosco continuou vivo em seus sucessores. Assim, a obra salesiana em Santa Catarina, que teve seu início no ano de 1916, veio em atendimento à solicitação de Dom Joaquim Domingues, bispo de Florianópolis, SC, ex-aluno salesiano, preocupado com o abandono dos imigrantes e ante a dificuldade de obter sacerdote secular para reger a Paróquia de Luis Alves e, sobretudo, pelas tensões entre os colonos italianos de Ascurra e os frades alemães de Rodeio.
Embora os salesianos fossem conhecidos no país, sobretudo por atividades educacionais e missionárias, em atendimento ao pedido do bispo, o Padre Pedro Rota, Inspetor Salesiano, após uma viagem a Florianópolis, houve por bem assumir a responsabilidade pela direção das paróquias de Luís Alves e de Ascurra.
Assim, a partir de 1916 os salesianos começaram a atuar simultaneamente nas duas paróquias catarinenses.
Nos anos sucessivos a obra se expandiu para:
Rios dos Cedros, 1918; Massaranduba e Rio do Oeste, 1922; Rio do Sul, 1926; Nova Breslau, 1930, e, em
1961 em Joinville, no norte de Santa Catarina.
Para Ascurra foram designados o padre Angelo Alberti, o Padre João Rolando e o coadjutor Valentim Barbieri; para Luís Alves, o Padre Antonio Cosci, o Padre José Pastorino e o Coadjutor Carlos Moretti.
Apesar de correr voz que esses imigrantes italianos fossem tidos como revolucionários, socialistas e perseguidores de sacerdotes, os salesianos foram festivamente recebidos e nada lhes veio a faltar.
Esses foram os pioneiros que trouxeram para Santa Catarina a tocha do espírito de Dom Bosco que iluminou também os nossos dias e continua a espargir luz em nosso Estado, principalmente à juventude pobre e abandonada.
Que os restos mortais de São João Bosco, conhecidos agora por muitos brasileiros, nos
animem e nos comprometam a levar adiante a tocha do
"Dai-me almas e ficai com o resto",
"Da mihi animas et
coetera tolle".
David Taborda Vegini
(Professor Universitário e
ex-aluno salesiano de Joinville - SC - Brasil)
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