terça-feira, 7 de julho de 2009

Agora, Gripe Suína, antes, GRIPE ESPANHOLA.



Agora, Gripe Suína, antes, GRIPE ESPANHOLA.


Surto de gripe A (H1N1) de 2009.

A gripe suína é endémica em porcos.

Imagem de microscópio electrónico do vírus da gripe A(H1N1) rearranjado, fotografado no CDC Influenza Laboratory. Os vírus têm 80–120 nanómetros de diâmetro.[1]


A gripe suína refere-se à gripe causada pelas estirpes de vírus da gripe, chamadas vírus da gripe suína, que habitualmente infectam porcos, onde são endémicas[2]. Em 2009 todas estas estirpes são encontradas no vírus da gripe C e nos subtipos do vírus da gripe A conhecidos como H1N1, H1N2, H3N1, H3N2, e H2N3.


Quando os vírus da influenza de diferentes espécies infectam simultaneamente o mesmo animal (como por exemplo o suíno), podem reorganizar-se geneticamente e originar uma nova estirpe de vírus, tal como aconteceu actualmente com a emergência deste novo virus circulante Influenza A/H1N1. A análise deste vírus sugere que ele tem uma combinação de características das gripes suína, aviária e humana. Especificamente, esta combinação não havia sido vista até agora em humanos ou em suínos, e a sua origem é ainda desconhecida. Mas, felizmente, a conclusão inicial é a de que o vírus se espalha mais facilmente entre os porcos, e o contágio de humano para humano não é tão comum e simples quanto o da gripe comum.


Em seres humanos, os sintomas de gripe A (H1N1) são semelhantes aos da gripe e síndroma gripal em geral, nomeadamente calafrios, febre, garganta dolorida, dores musculares, dor de cabeça forte, tosse, fraqueza e desconforto geral.[3].
O virus é transmitido de pessoa para pessoa, e o papel do suíno na emergência desta nova estirpe de virus encontra-se sob investigação. Contudo, é certo que não há qualquer risco de contaminação através da alimentação de carnes suínas cozinhadas. Cozinhar a carne de porco a 71 graus Celsius
mata o vírus da influenza, assim como outros vírus e bactérias.


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

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Texto = Laércio Beckhauser


Gripe espanhola em Armazém - SC e no Brasil


Fazendo uma pesquisa na edição da coletânea do "Nosso Século", da Abril Cultural, edição exclusiva para o Círculo do Livro, tomo 3, na página 87 e na página 32, do tomo 4 da mesma publicação citada anteriormente (Nosso Século – 1910-1930 – II - Copyright 1980, 1985 by Abril S.A. Cultural, São Paulo, Brasil), encontramos alguns dados interessantes.


# Conforme registros do jornal "Diário Catarinense", no dia 16 de março de 1919 morreu antes de tomar posse, Rodrigues Alves, presidente eleito do Brasil.


A causa da morte foi a "gripe espanhola". Na edição da coletânea d0 "Nosso Século", da Abril Cultural, edição exclusiva para o Círculo do Livro, tomo 3, na página 87 afirma que a morte faz a "verificação de poderes":

Rodrigues Alves ganha, mas não assume, vencido pela "gripe espanhola".


Foi eleito em primeiro de março de 1919, como candidato único, com 386 467 votos, menos do que em 1902, quando se elegeu presidente da República pela primeira vez.


Nascera em 1848, velho e alquebrado, Rodrigues Alves morreu em 1919, de "gripe espanhola", contando com 70 anos de idade.


Na página 32, do tomo 4 da mesma publicação citada anteriormente (Nosso Século – 1910-1930 – II - Copyright 1980, 1985 by Abril S.A. Cultural, São Paulo, Brasil), assim descrevia a "gripe espanhola":

"Notícias que vinham do Rio diziam que as pessoas caíam mortas na rua (...) Faziam valas grandes para enterrar os cadáveres, que enrolavam num lençol e cobriam de cal. Passava o caminhão recolhendo cadáveres (...). Tratavam a gripe com ácido benzóico (...). [tirado} do estômago de animais". Era a "gripe espanhola", que em 1918 tomou as capitais brasileiras, principalmente o Rio de Janeiro e São Paulo.

"Foi dado esse nome porue vinham muitos espanhóis para cá e logo depois veio a gripe".

(Depoimento de Amadeu e Ecléa Bosi.)


A doença atribuida aos miasmas exalados pelos cadáveres insepultos nos palcos da guerra européia, matou 8 000 pessoas em São Paulo, só no mês de outubro de 1918. No Rio, a situação foi mais grave:

em dois meses morreram 17 000 pessoas. Havia gente de todas as classes sociais, indivíduos brancos e de cor, velhos, mocos e crianças, carregados uns pelos outros, alguns que entravam a cambalear, esquálidos, ardendo em febre, outros a vomitar e finalmente alguns encontrados a expirar na via pública".


Começa a faltar alimentos na cidade e o Serviço Funerário não dá conta dos enterros. Cadáveres se amontoam e apodrecem nas ruas e entradas de cemitérios. Os presos são obrigados a trabalhar como coveiros. Os que ainda não foram contaminados fogem do Rio de Janeiro; ficam desertas as calçadas da avenida Rio Branco.========================================= # Jurema Fogaça Beckhäuser, nascida em Tubarão – SC, casada com Agostinho Beckhauser, filho de Bernardo Carlos Beckhäuser e neto do "Vater Carlos", foi professora primária em Armazém, nos anos de 1940 a 1944.


Posteriormente foi transferida para a localidade de Benedito Novo (município) , que naquela época era um distrito do município de Rodeio, no Vale do Rio Itajaí, a 40 km da cidade de Blumenau.


Ela afirmava que na época da "gripe espanhola" muitas pessoas morreram no mundo e também em Santa Catarina.


No sul do estado, em Tubarão, era muito comum ter enterros de muitas pessoas no mesmo dia, pois esta "gripe espanhola" foi uma epidemia, muito temida por todos.
A professora Jurema Fogaça Beckhauser, , mãe de Laércio Beckhauser, nas "historinhas" e "cantigas para ninar e adormecer" seu filho, em 1951, 1952 e 1953,


dizia que o "Vater Carlos" também teve um mal súbito, quase uma semana após sua mulher Anna Arns ter morrido e ter sido enterrada no cemitério de Armazém ou localidade próxima.


Após uma semana da morte de sua mulher, o corpo do "Vater Karl" estava sendo velado e todo pessoal, vizinhos e familiares estavam prestes a fechar a tampa do caixão para levá-lo a sua última morada, no cemitério, ao lado da Anna Arns, sua esposa.


Alguém, que olhava para o corpo inerte do "Vater Carlos", viu que ele mexeu os dedos e comentou: "Ele não está morto, mexe os dedos..."


O pânico foi generalizado.


Houve correria, gritos e o "Opa Carlos" se levantou e estranhou muito todo aquele aparato e velório.


Viveu depois deste fato, por muitos anos (mais de 30 anos).


Uma dúvida que fica ainda nos dias de hoje é a preocupação de ser verdadeiramente esta "gripe espanhola" a causa deste "pseudo-enterro" ou outro tipo de doença.


Há ainda a versão de alguns moradores de Armazém, desta mesma época que afirmam que houveram alguns enterros precipitados.


A posteriori ficou constatado que "alguns falecidos" estavam "de bruço", em seus caixões, quando dessenterrados.


Há a versão, muito plausível da preocupação de contágio desta terrível doença das pessoas e familiares dos "falecidos" em enterrarem prontamente seus corpos, com medo de um possível contágio coletivo e familiar.


Possibilidade há ainda de ter havido um estado de letargia ou de catalepsia do "Vater" Carlos.São fatos e histórias locais do município catarinense de Armazém, Brasil.


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