Adivinhar o futuro é uma aspiração constante do ser humano.
Como a vida física não é eterna e a preservação da espécie animal necessita de um conforto mínino para a sobrevivência, algumas mentes acreditam que possuem a capacidade de predizer o futuro.
Mas este futuro é na maioria das vezes dito em metáforas com múltiplas interpretações.
Muitos acreditam, alguns duvidam e a maioria nem se importa com estas previsões que muitos chamam de profecias.
No futuro isto irá ocorrer, dizem muitos profetas.
Se este futuro, for mesmo num futuro longínquo, esta geração não vai ter certeza, pois a única certeza atual do ser vivo nesta dimensão física é que se há um início de vida, haverá, em breve, um final desta vida.
Em virtude destas crenças, surgem movimentos que alardeiam os finais do universo com mirabolantes contradições e previsões alucinatórias.
O passado nos ensina, o presente é a nossa vivência e o futuro é a consequência temporal e efêmera de nossos sonhos e realizações pessoais e coletivas.
Quem é o senhor do tempo?
A vida do presente é o tem a maior valia, pois é nela que respiramos, é nela que nos movimentamos, é nela que temos os sonhos reais e irreais e é por intermédio dela que chegamos no futuro que é mais célere que o nosso passado e nosso presente.
Quer queiramos ou não, o futuro virá, e nós jamais vamos vê-lo, pois ele sempre, para nós e para toda humanidade terá o nome de PRESENTE.
Jamais, jamais mesmo, alguém vai ver, sentir e presenciar o futuro.
O futuro é inalcançável, intocável, indivisível e indescritível.
O futuro vive no futuro e este seu mundo será sempre desconhecido para o ser humano que usa o presente e o passado como fonte de pesquisas, para conhecê-lo.
O presente e o passado são ferramente inadequadas para fazemos análise do futuro, são meios que apenas servem para projeções.
E projeções não são realidades.
Por isto, o futuro ao futuro pertence e ele também é
o Senhor do TEMPO.
Beckhauser
Publicado no Recanto das Letras em 16/02/2010
Código do texto: T2089590
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