VOTOS DE BOA SORTE E FELICIDADES DOS EX-ALUNOS SALESIANOS DO BRASIL E EM ESPECIAL DOS RESIDENTES EM JOINVILLE - SC.
Nesta segunda, ele completa 305 dias de viagem, em uma aventura que só deve terminar em 2013
Valdecir João Vieira, ou simplesmente Valdo, como prefere ser chamado, passou a virada do ano bem longe dos seis irmãos joinvilenses. Nesta segunda, ele completa 305 dias de viagem, em uma aventura que só deve terminar em 2013. A volta ao mundo de Valdo vai demorar bem mais do que os 80 dias do escritor Júlio Verne. Isso porque sua companheira de jornada tem apenas duas rodas e usa como combustível a força das pernas desse jovem de 65 anos.
— A primeira vez que falei que ia pedalar de Joinville a Itapoá, me chamaram de louco — lembra.
A história de Valdo chegou à reportagem de “A Notícia” por Gledson Silva, do Rio de Janeiro, que acompanha as aventuras de Valdo no blog http://valdonabike.com , que é usado para ele se comunicar com a família e admiradores que conquista por onde passa. O termo “cidadão do mundo” nunca definiu alguém tão bem. Nascido em Araquari, Valdo morou na Itália, em Moçambique e em Portugal. De bicicleta, já viajou por todo o Brasil e por países da América Latina e do Sul.
Econômico, gasta cerca de US$ 150 por mês, apostando em uma café da manhã balanceado e usando o “fogareiro” para reduzir as despesas. Valdo está longe de ter uma vida luxuosa, mas coleciona imagens que justificam a economia.
— Já entrei no ritmo da aventura e aprendi como sobreviver. Tenho muito apoio das pessoas pelos países por onde passo.
Aventureiro online, Valdo respondeu as perguntas de “AN” por e-mail e enviou as fotos. Ex-sacerdote, acredita que sua missão é espalhar a paz pelo mundo.
4 de janeiro de 2010.
N° 634AlertaVoltar para a edição de hojeAVENTURA
“Quero levar mensagens de paz”O que levou o senhor a fazer esta viagem?
Valdecir João Vieira – Depois de ter pedalado por sete países da América Latina, queria fazer algo mais difícil. Conhecer os cinco continentes; pedalar no Alaska; chegar ao Monte Sinai numa bicicleta; pedalar no Nepal; e outros sonhos que aos poucos vão se tornando realidade. Foram três anos de preparação até a primeira pedalada. Neste período, troquei três vezes de bicicleta até chegar ao modelo atual, a Cruzbike, a Tanajura.
Mas o que me motivou foi a ideia de levar ao mundo mensagens de paz. Estou levando a minha contribuição como se fosse um grãozinho de areia que vai se espalhando por onde passo.
O que o senhor fazia antes de partir para essa aventura pelo mundo?
Valdo – Sou sacerdote e exerci o ministério durante 26 anos. Em 2003, voltando de Roma, pedi três anos de licença e numa das minhas viagens pelo Peru, em Cusco, conheci um cicloturista que usava a bicicleta como meio de transporte. Encantei-me com a ideia e, ao chegar ao Brasil, em dez dias montei a minha bicicleta e fiz o primeiro teste, de 4.070 km. Atravessei o Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Uruguai e voltei para Curitiba pelo litoral. Depois, não parei mais. Pedalei 41.361 km do Oiapoque ao Chuí, o Paraguai, para o Uruguai, a Argentina, o Chile e a Bolívia. Fiz quatro viagens em grupos de quatro a seis pessoas, mas a maioria foi sozinho.
O que lhe motivou a fazer esta viagem?
Valdo – No início, viajei por necessidade psicológica, pois tinha que tomar uma decisão importante: deixar a vida sacerdotal. Após resolver o problema, descobri o valor de viajar pelo mundo com um veículo ecologicamente correto e que proporciona muita saúde.
Há quanto tempo pratica o ciclismo?
Valdo – Iniciei em 2003, quando voltei da Europa. Cheguei ao Brasil com 110 quilos e hoje peso 70 quilos. Os 40 quilos de gordura “derreteram” em cima da bicicleta.
Quando o senhor pretende voltar para casa?
Valdo – Quero chegar pedalando em Joinville em 3 de julho de 2013, quando completo 70 anos e depois de percorrer os cinco continentes, 72 países e mais de 100 mil km de bicicleta.
E como se comunica com os familiares e amigos. Só pelo blog?
Valdo – Por meio do http://valdonabike.com.
Como conseguiu dinheiro para viagem?
Valdo – Esta foi a maior dificuldade que encontrei. Quando parecia tudo perdido, consegui uma verba da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional de Joinville de R$ 10 mil para fazer a impressão dos meus livros. Com a venda destes livros e com a ajuda de padrinhos e madrinhas, mais a minha pequena aposentadoria, estou conseguindo realizar este grande sonho. Durante a viagem também recebo ajuda em dinheiro de várias pessoas. Os valores estão disponíveis no site clicando em Diário de Bordo e depois em Estatísticas.
Sua família é de Joinville? O que eles acharam dessa aventura?
Valdo – Somos dez irmãos vivos. Seis moram em Joinville. Aos poucos foram se acostumando, mas quando falei do projeto ninguém acreditou.
E quando terminar esta jornada, há alguma outra que pretende fazer?
Valdo – Em 2013, vou construir a Casa do Cicloturista em Barra Velha, para acolher cicloturistas do mundo todo. Quero fazer a trilha de dez dias, a pé, em Torres del Paine, no Chile, e completar o litoral brasileiro. Por fim, uma aventura mais arrojada: caminhar um ano sem destino, dinheiro, cartão de crédito ou apoio financeiro.
Como é a sua alimentação e as despesas?
Valdo – Até agora só me hospedei 17 vezes em hotel. Procuro lugares como bombeiros, Cruz Vermelha, polícia, posto de gasolina e casas de família. Durante o caminho uso albergues e recebo convite de pessoas na estrada ou pela internet. Gasto em média US$ 150 por mês. Raramente como em restaurante. Tenho o meu fogareiro e preparo a comida. Um café da manhã reforçado antes de partir e depois de duas horas de pedalada paro para comer. A partir daí, a cada 90 minutos, como e bebo. Ao chegar ao destino do dia, faço um bom café. À noite, antes de dormir, como alguma coisa tipo arroz, miojo e sopa.
Qual o lugar que mais o impressionou?
Valdo – A travessia do Peru pela floresta amazônica, Cusco, Abancay e Nasca. Atravessei três cordilheiras de até 4.700 metros de altitude.
Qual o lugar mais estranho que visitou?
Valdo – Juradó (Colômbia) e Jaqué (Panamá), dois povoados no meio na floresta amazônica, às margens do Pacífico onde só se chega depois de 18 horas de navio. Em Juradó passei dois dias, mas em Jaqué fiquei nove dias esperando conexão para seguir viagem.
E a imagem mais bonita que viu?
Valdo – O Canhão do Sumideiro em Tuxtla, Chiapas, México.
E o lugar mais frio? E o mais quente?
Valdo – O mais frio foi na Cordilheira dos Andes, no Peru, com 5 graus negativos. O mais quente foi na Colômbia, descendo de Pasto para Cali. A temperatura era de 40 graus à sombra.
Quais foram as maiores dificuldades?
Valdo – A espera de um mês em Manágua, Nicarágua, para obter o visto para os EUA.
Em algum momento precisou de socorro?
Valdo – Sofri um acidente na Colômbia. Estourou o pneu traseiro e caí numa descida a 60 km/h. Fui socorrido pela Cruz Vermelha.
O que o senhor leva na bagagem?
Valdo – Roupa de verão e de inverno, saco de dormir, barraca, isolante térmico, fogareiro, panelas, filtro para purificar água (ainda não comprei nenhum litro), máquina fotográfica, notebook, muita água e dois alforjes com comida.
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volta ao mundo
Ex-sacerdote de 65 anos saiu de Joinville para dar a volta ao mundo de bicicleta
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www.an.com.br
fotos aqui.
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http://www.clicrbs.com.br/jsp/default_galeria.jsp?uf=2&local=18&template=1552.dwt&ids=null&initial=null&playsshow=false&b=1&arquivo_xml=galeria_21309_468.xml
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vamos, todo mundo.. 09:59 (1½ horas atrás) D. Plinio
Lembram do padre (balões) de Paranaguá?
Lembram? 10:01 (1½ horas atrás) Patrick
SIm
Mas ele era burro mesmo, candidato para os trofeus Darwin. 10:47 (45 minutos atrás) Patrick
..
Explicando.. se voce vai voar, ou navegar no mar, voce NÃO use um celular, use-se um radio marinha/aerial decente com frequencias de emergencia (118,5)
e se voce tem um GPS, pelo menos aprender use-o...
(embora navegação aero nao deve depende num GPS) 11:28 (5 minutos atrás) excluir L. B. Alles zu
O Valdo Vieira é natural de Araquari e era padre
salesiano. Saiu da congregação e agora está dando uma voltinha em diversos países.
Como sou um ex-aluno salesiano, no nosso blog há informações desta aventura mundial.
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Vejam aí:
http://dombosco-salesiano.blogspot.com/2009/10/projeto-volta-ao-mundo-de-bicicleta.html
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Boa sorte para este catarinense que tem família e mora aqui em Joinville - SC
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