terça-feira, 30 de março de 2010

Las Ramblas e Gran Via, Barcelona e Madri,na Espanha. Fatos reais.

30/03/2010 18h57
Las Ramblas (Barcelona) e Gran Via (Madrid) Espanha, fatos reais.

1 - Las Ramblas, Espanha, fato real.


La Rambla de Barcelona.

Estava passeando por Barcelona, em las Ramblas, rua movimentada e muito comercial e vi um assalto de um jovem tentando roubar a bolsa de uma jovem loira.

Ataquei o assaltantante com socos e pontapés e em luta corporal ficou em minhas mãos sua blusa de couro com todos documentos e chaves de seu apartamento.

Após, falei com a turista alemã ela me agradeceu, me dirigi aos policiais que presenciaram esta ação e eles disseram que eu deveria ficar com a blusa como recompensa, pois o ladrão está correndo até hoje.... rs!

Resultado:
Quando dei um soco, no jovem marroquino, de 19 anos, 1,95m, quebrei mei dedo mindinho e tive que ir até o hotel, colocar a mão numa taça de cerveja repleta de  gelo para aliviar a dor. Ganhei o copo  de cerveja como lembrança do hotel e guardo como troféu de guerra, rs!

Quando cheguei, após duas semanas em Joinville, fui até um ortopedista, Dr. Balsini para colocar o dedo no lugar certo.
Estava quebrado, roxo e fiquei em recuperação por 45 dias.

Prometi que jamais faria outra ação assim arriscada.

Meus amigos que acompanham na viagem, viram e disseram que este jovem assaltante estava com sua "gang" pelas vizinhanças e não reagiram porque a polícia estava por perto, caso contrário eu teria sido prejudicado e agredido por eles.
...
Fato 2 - Madri na capital espanhola.
http://lilystrange.files.wordpress.com/2009/01/gran-via-madrid.jpg


Mas em outra viagem, em Madri, na Gran Via, aconteceu algo semelhante com um turista americano.

Quando o batedor de carteira tirou de seu paletó a carteira com muitos dólares, percebi a ação e agarrei o ladrão, nas calçadas da Gran Via.

Ele jogou a carteira para o ar e soltei o assaltante...
Saiu correndo e o americano me agradeceu e ganhei dele $100 dólares.

Fui ao Museu do Prado, bem próximo, e comprei alguns objetos e recordações desta viagem, dois quadros da Naja desnuda e vestida, fazem parte desta coleção de lembranças internacionais, para mim históricas.

[naja+desnuda.jpg]

La maja vestida
Artist Francisco Goya
Year 1800-1805
Type Oil on canvas
Dimensions 97 cm × 190 cm (38 in × 75 in)
Location Museo del Prado, Madrid

Conselhos médicos modernos sobre a Saúde Humana - Viva a vida!


Picture Captions

 ACHEI O MÉDICO PERFEITO!!!


Dr. Paulo Ubiratan, de Porto Alegre, RS,em entrevista a uma TV local,
foi questionado sobre vários conselhos que sempre nos são dados...

Pergunta: Exercícios cardiovasculares prolongam a vida, é verdade?

Resposta: O seu coração foi feito para bater por uma quantidade de
vezes e só... não desperdice essas batidas em exercícios. Tudo
gasta-se eventualmente. Acelerar seu coração não vai fazer você viver
mais: isso é como dizer que você pode prolongar a vida do seu carro
dirigindo mais depressa. Quer viver mais? Tire uma soneca !!!


P: Devo cortar a carne vermelha e comer mais frutas e vegetais?

R: Você precisa entender a logística da eficiência... .O que a vaca
come? Feno e milho. O que é isso? Vegetal. Então um bife nada mais é
do que um mecanismo eficiente de colocar vegetais no seu sistema.
Precisa de grãos? Coma frango.


P: Devo reduzir o consumo de álcool?

R: De jeito nenhum. Vinho é feito de fruta. Brandy é um vinho
destilado, o que significa que, eles tiram a água da fruta de modo que
vc tire maior proveito dela. Cerveja também é feita de grãos. Pode
entornar!


P: Quais são as vantagens de um programa regular de exercícios?

R: Minha filosofia é: Se não tem dor...tá bom!

P: Frituras são prejudiciais?

R: VOCÊ NÃO ESTÁ ME ESCUTANDO!!! ... Hoje em dia a comida é frita em
óleo vegetal. Na verdade ficam impregnadas de óleo vegetal. Como pode
mais vegetal ser prejudicial para você?


P: Flexões ajudam a reduzir a gordura?

R: Absolutamente não! Exercitar um músculo faz apenas com que ele
aumente de tamanho.


P: Chocolate faz mal?
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R: Tá maluco? !!!! Cacau!!!! Outro vegetal!! É uma comida boa pra se
ficar feliz !!!

Picture Captions
E lembre-se:
A vida não deve ser uma viagem para o túmulo, com a
intenção de chegar lá são e salvo, com um corpo atraente e bem preservado.
Melhor enfiar o pé na jaca - Cerveja em uma mão - tira
gosto na outra - muito sexo e um corpo completamente gasto,
totalmente
usado, gritando:
VALEU !!! QUE VIAGEM!!!

P S.:
SE CAMINHAR FOSSE SAUDÁVEL O CARTEIRO SERIA IMORTAL...!
BALEIA NADA O DIA INTEIRO, SÓ COME PEIXE, SÓ BEBE ÁGUA E É GORDA....!


LEMBRANDO:
COELHO  CORRE, PULA E  VIVE 15 ANOS, TARTARUGA NÃO CORRE NÃO FAZ NADA E
VIVE 450 ANOS

...
Fonte:
Internet

Beckhauser

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segunda-feira, 22 de março de 2010

domingo, 21 de março de 2010

Vídeo de confraternização dos Ex-alunos salesianos de Joinville - SC - Brasil

Vídeo de confraternização dos Ex-alunos salesianos de Joinville - SC - Brasil
http://www.youtube.com/watch?v=rMGn9jlz2co

CLIQUE ABAIXO E VEJA O VÍDEO:
.

sábado, 20 de março de 2010

Joinville em festa - Ex-alunos salesianos DB - UNIÃO DE EX-ALUNOS DE DOM BOSCO – JOINVILLE - 19/março/2010

dombosco-salesiano.blogspot.com = JOINVILLE - SC - BRASIL.wmv

                         Alegria com a música de Ranchetti e Nabor - Ex-alunos salesianos - SDB

Joinville, 19 de março de 2010


UNIÃO DE EX-ALUNOS DE DOM BOSCO – JOINVILLE 

CONVITE
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     Prezado ex-aluno:
Lembramos-lhe de que nesta sexta-feira dia 19/03/2010,
estaremos celebrando uma MISSA FESTIVA para ex-alunos e familiares.

Na oportunidade faremos uma confraternização; churrasco, polenta, queijo e vinho serão servidos após a missa.

     Endereço:Rua Aristides Cristofolini, nº. 49, Bairro Boehmewaldt. 

     Venha participar às 20 horas na residência do Senhor Cristofilini,
no bairro Escolinha.

Um abraço do Brasilino
Presidente da União dos Ex-alunos de Dom Bosco - Joinville\
===
O CONVITE FOI FEITO E MUITOS EX-ALUNOS, FAMILIARES, AMIGOS E SALESIANOS PARTICIPARAM DESTE EVENTO E VAMOS COLOCAR AS FOTOS PARE REGISTRAR ESTA ATIVIDADE DOS SALESIANOS EM JOINVILLE - SC - BRASIL
Gervásio Sehnen no acordeon...
Ranchetti - ex-aluno saleisano DB
Massaranduba - presente no evento.

 
Celebrando a vida com a culinária italiana...
Polenta e queijo +++
 
Churrasco e muito +++
 
Chope e alegria...
Salute ... 

 
Alegria e culinária italiana + chope...
Pe. Tonon = SDB

Pe. Tonon celebrando a missa...

Pe. Tonon ...SDB

 
Conjunto Musical Sertanejo (Caipira) de Massaranduba - SC

Presidente da União dos Ex-alunos Salesianos de Joinville - Brasilino Catarin
Mulheres no evento... em Joinville -SC





Quando si pianta la bela polenta,
la bela polenta si pianta così,
si pianta così, si pianta così.
Bela polenta così.
Cia cia pum, cia cia pum.
Cia cia pum, cia cia pum.

Quando la cresce la bela polenta,
la bela polenta la cresce così,
si pianta così, la cresce così.
Bela polenta così.
Cia cia pum, cia cia pum,
Cia cia pum, cia cia pum.

Quando fiorisce la bela polenta,
la bela polenta fiorisce così,
si pianta così, la cresce così,
fiorisce così.
Bela polenta così.
Cia cia pum, cia cia pum,
Cia cia pum, cia cia pum.

Quando si smissia la bela polenta,
la bela polenta si smissia così,
si pianta così, la cresce così,
fiorisce così, si smissia così.
Bela polenta così.
Cia cia pum, cia cia pum,
Cia cia pum, cia cia pum.

Quando si taia la bela polenta,
la bela polenta si taia così,
si pianta così, la cresce così,
fiorisce così, si smissia così,
si taia così.
Bela polenta così.
Cia cia pum, cia cia pum,
Cia cia pum, cia cia pum.

Quando si mangia la bela polenta,
la bela polenta si mangia così,
si pianta così, la cresce così,
fiorisce così, si smissia così,
si taia così, si mangia così.
Bela polenta così.
Cia cia pum, cia cia pum,
Cia cia pum, cia cia pum.

Quando si gusta la bela polenta,
la bela polenta si gusta così,
si pianta così, la cresce così,
fiorisce così, si smissia così,
si taia così, si mangia così,
si gusta così.
Bela polenta così.
Cia cia pum, cia cia pum,
Cia cia pum, cia cia pum.

Quando fenisce la bela polenta,
la bela polenta fenisce così,
si pianta così, la cresce così,
fiorisce così, si smiscia così,
si taia così, si mangia così,
si gusta così, fenisce così.
Bela polenta così.
Cia cia pum, cia cia pum,
Cia cia pum, cia cia pum.



Oh! Oh! Oh! Bela polenta cosi!
Tcha - tcha - pum.
Tcha - tcha - pum.
Tcha - tcha - pum -tcha - tcha - pum

 Beckhauser e David T. Vegini

Nabor e Ranchetti


Acorda, mano José... (Irmãos Dalmônico,s)

Estevão Vegini de olho no frango...

Obrigado a todos participantes e em especial ao conjunto musical sertanejo de Massaranduba e a presença especial do
Padre Tonon -  salesiano, amigos de muitos e que será responsável pelos ex-alunos salesianos de Joinville - SC.

Ao presidente Brasilino Catarino, agradecimentos especiais pela organização e a família Cristofolini, dona do local, nossos especiais agradecimentos e que Dom Bosco interceda por todos! 

Nabor, Alcídio Vegini, Pe. Tonon e Casal Vota

1 comentários:





BLOGACIAA disse...
Bela comemoração, com celebração religiosa e após jantar com a típica culinária italiana comandada pel Estevão Vegini. O Alcídio Vegini foi o tesoureiro e recolheu a grana ($) para pagamento das despesas. Um aperitivo especial ( canhaÇa dos Deretti) de Massaranduba com o acompanhamento do chope PROSIT e a deliciosa polenta com acompanhamentos especiais. === E viva a vida e vida a AMIZADE DOS EX-ALUNOS SALESIANO DE JOINVILLE - SC - BRASIL. Salute! Quando se planta la bela polenta, la bela polenta, Se planta cosi. Se planta cosi. Oh!, oh!, oh!, bela polenta cossi. Tcha - tcha - pum. Tcha - tcha - pum. Tcha - tcha - pum -tcha- tcha- pum

sexta-feira, 19 de março de 2010

DIREZIONE GENERALE OPERE DON BOSCO - Uma carta após a visita do Reitor-Mor a Haiti

Décio Bona

 para brasilino.brasa, brasilino, mim
mostrar detalhes 17 mar (1 dia atrás)


Caro Laércio, faça chegar isto Tb ao presidente Brasilino, pois parece que o e-mail dele no momento está com gripe ....

DOA 19, GOSTARIA DE ESTAR COM VOCÊS, PARA CELEBRAR, PARTILHAR, E VIVER, INCLUSIVE COM O CARO SARDAGNA...  

NÃO SENDO POSSÍVEL, envio  DE TODO O MEU CORAÇÃO EX-ALUNAL, DOMBOSQUEANO E AMIGO, UMA GRANDE BÊNÇÃO PARA VOCÊS EX-ALUNOS DE DOM BOSCO E PARA AS FAMÍLIAS DE CADA UM. ESTAREI COM VOCÊS, DIA 19, EM ESPÍRITO E ENTUSIASMO... 

Sucesso no encontro. Dê ao Sardagna, meu conterrâneo de RODÉO, UM GRANDE ABRAÇO DE SOLIDARIEDADE E DE FORÇA FRATERNA.

Até mais.  E um  abraço a cada um.  “ QUEREMOS VER  JESUS ... Discípulos e Apóstolos...” P. Décio Bona

DIREZIONE GENERALE OPERE DON BOSCO
Via della Pisana 1111 - 00163 Roma 
Il Rettor Maggiore 

 
"Vi. Ouvi. Compreendi. Desci... Vai, liberta o meu povo" (Êx 3,7-8)
Uma carta após a visita do Reitor-Mor a Haiti 
Caríssimos irmãos, membros da Família Salesiana, amigos de Dom Bosco,
  Agrada-me iniciar esta comunicação sobre a minha visita a Haiti com a dedicatória que os irmãos daquela Visitadoria escreveram e assinaram no livro "Haiti, retrato de um país", que me ofereceram no momento da despedida. Tenho-a não como louvor a mim, mas como expressão da sua experiência e dos seus sentimentos e, ao mesmo tempo, de reconhecimento aos que deram rosto à Providência e os fizeram sentir a proximidade amável, solidária de Deus:
    Em poucos segundos, um sismo aterrador pôs-nos de joelhos. Catástrofe apocalíptica. Escombros. Mortos. Gritos. Lamentos. Medo. Desolação. Silêncio. Rebelião. Trevas. Trauma. Miséria. Desespero. Mãos estendidas para o alto. Mãos estendidas para Nosso Senhor.
    "Vi. Ouvi. Compreendi. Desci... Vai, liberta o meu povo" (Êxodo 3,7-8).
    Padre Pascual, viste e entendeste como Nosso Senhor. OBRIGADO por ter entendido imediatamente. Obrigado pela carta enviada aos Salesianos, obrigado por aquela que o teu coração de pai nos enviou. Sensibilização. Tomada de consciência. Solidariedade. Fraternidade...
    Padre Chávez, diante de Nosso Senhor, dizemos em confiança que a comunicação que mais nos agrada é "a carta aberta da tua pessoa". Que coração de pai! Que sensibilidade!
    Obrigado, pai, por não teres enviado um Moisés. Obrigado por teres vindo pessoalmente. Obrigado por teres reproduzido os passos de Jesus e o coração de Dom Bosco. Por compartilhar conosco o caminho do sofrimento pelos nossos mortos e dispersos na luta empreendida pela vida, das nossas ruínas à refundação, a partir da conversão pessoal e comunitária.
    Padre Pascual, obrigado, obrigado!
  Visitei Haiti nos dias 12-15 de fevereiro de 2010. Desde o primeiro dia do terremoto, que atingiu com destruição e morte grande parte do país em 12 de janeiro passado, fiz-me presente junto aos irmãos através de uma comunicação telefônica diária com o então Superior, P. Jacques Charles, e com aquele que, em fins de janeiro, devia sucedê-lo como novo Superior da Visitadoria, P. Sylvain Ducange. Ativei-me envolvendo oficialmente a Inspetoria das Antilhas, a cujo Inspetor, P. Victor Pichardo, pedi que fosse imediatamente a Porto Príncipe para estabelecer uma ligação de apoio; enviei, também, uma carta a toda a Congregação, informando sobre a situação dramática dos nossos irmãos, pedindo a solidariedade de todas as casas, obras e Inspetorias para enfrentar a situação de emergência, como também a futura reconstrução; enfim, mobilizei todas as Procuradorias missionárias, encabeçadas pela de New Rochelle. Devo dizer que encontrei uma resposta excepcionalmente positiva e exemplar a todas essas intervenções, pelo que sinto o dever de agradecer e documentar.
  Entretanto, tinha como necessário, importante e significativo ir pessoalmente a Haiti para fazer sentir a proximidade, a fraternidade e a solidariedade da Congregação na pessoa do Reitor-Mor. Queria compartilhar de perto o sofrimento e a incerteza vivida por toda a população. Impelia-me a conhecer melhor a situação das casas salesianas, que ficaram completa ou parcialmente destruídas, especialmente as da área de Porto Príncipe, e refletir com o Superior da Visitadoria e o seu Conselho sobre as opções a fazer no futuro imediato.
  Embora no momento da chegada a Porto Príncipe, o piloto do helicóptero tivesse sobrevoado a região mais devastada – o que me permitiu ter logo uma visão de conjunto através do giro panorâmico do alto – só o percurso feito de carro, o cenário dos edifícios destruídos até o solo e a experiência de caminhar entre os escombros fizeram-me capaz de avaliar efetivamente a dramaticidade do sismo que se abatera sobre a população indefesa e totalmente despreparada para tal evento.
    Fiquei horripilado diante da vastidão da destruição, da paisagem apocalíptica de morte, de sofrimento e desespero. O Palácio Nacional, símbolo do orgulho e do poder, praticamente ruído sobre si mesmo com as colunas que saltaram pelo ar e, da mesma maneira, os demais edifícios dos ministérios. Da Catedral ficaram em pé apenas a fachada e as paredes laterais; o teto e as colunas caíram por terra. Parecia como se a cidade, naqueles 28 segundos de duração da intensíssima vibração, tivesse perdido a cabeça e o coração. De fato, é isso mesmo, porque desde aquele momento há uma absoluta falta de liderança, e a vida, imensamente mortificada, continua a caminhar mais por força da inércia e pela luta pela sobrevivência do que por uma organização social que a sustente e estimule.
  Enquanto ouvia os testemunhos dos sobreviventes, sobretudo daqueles que conseguiram escapar da morte depois de horas ou dias em que ficaram bloqueados entre os pavimentos, telhados e muros, e à medida que observava os edifícios e casas destruídos, procurava ouvir a voz de Deus que, como o sangue de Abel, grita com as vozes de milhares de mortos sepultados em valas comuns ou ainda sob os escombros. Procurava ouvir Deus que estava a falar por meio do rumor surdo dos milhares de pessoas que se esforçam por viver sob as tendas entregues pelos organismos internacionais ou feitas de trapos juntados de algum modo. Procurava abrir os ouvidos e o coração ao grito de Deus que se fazia ouvir através da raiva e do sentimento de impotência daqueles que veem como tudo que tinham construído – muito ou pouco que fosse – se tenha extinguido na poeira, no nada. Calcula-se entre 300 e 500 mil, o número de pessoas que ficaram sem teto.
  É verdade que um terremoto de 7,5 graus na escala de Richter produz um abalo de força devastadora incalculável, mas é também verdade que neste caso a destruição e as mortes foram ainda mais grandiosas devido à miséria em todos os sentidos. Nesta condição, não se pode construir uma vida digna de tal nome e nem habitações mais seguras e resistentes diante desse tipo de fúria violenta da natureza. Por isso, o desafio, hoje, não pode ser apenas o de levantar as paredes dos edifícios, das casas e igrejas destruídas, mas o de fazer Haiti renascer edificando-o sobre condições de vida realmente humana, onde os direitos, todos os direitos, sejam para todos e não privilégio de alguns.
  A ausência quase total do governo deixa a população confusa pelo sofrimento, submetida à angústia e arrastada pelo desespero, caminhando pelas ruas sem bússola e sem meta. Impressiona, de fato, esse caminhar da gente numa peregrinação de luta pela vida. Contudo, também em nível eclesial, a morte do Arcebispo, do Vigário Geral, do Chanceler, de 18 seminaristas e 46 religiosos e religiosas, com a queda de casas, escolas e centros de assistência, significou uma dolorosa perda de pastores, muitíssimo necessários para essa gente.
  Infelizmente o momento da notícia praticamente já passou, quando Haiti se encontrava no centro do cenário da história como vítima caída por terra, que atraía a atenção das grandes redes televisivas e dos jornalistas, sempre à caça dos acontecimentos que vendem share. Hoje, a cidade continua no caos, mais do que antes. Deve-se admirar, certamente, o sentimento religioso que leva o povo haitiano a reunir-se em oração, sentimento fortemente desfrutado agora pelas seitas evangélicas, como também causa grande admiração o esforço de voltar à normalidade quando, no fundo, tudo mudou.
  Embora a situação de emergência possa durar ao menos outros dois meses, segundo o que afirmam aqueles que administram esta fase, chegou a hora de arregaçar as mangas e começar a reconstruir o país, antes, fazê-lo renascer das cinzas. Eis a grande oportunidade oferecida a esta pobre nação, a antiga "Pérola das Antilhas".
    Para que esse sonho se torne realidade, não se parte do nada, mas se parte novamente 'in primis' dos próprios haitianos, chamados mais do que nunca a serem protagonistas dessa nova fase da sua história. Eles não estão sozinhos. Antes, conforta o fato de ver muitíssimas organizações (um total de 80) seriamente empenhadas nessa tarefa desafiadora, juntamente com muitíssimas pessoas de boa vontade, desejosas de semear esperança e construir um futuro para o povo haitiano.
  O protagonismo dos próprios haitianos é absolutamente indispensável para superar não só a tendência à resignação, que é um traço de tipo um tanto cultural, mas também a dependência externa absoluta, que poderia levar à tentação de jogos de poder e privar Haiti da sua soberania.
  Por isso, deram-me grande alegria e fizeram ter grande orgulho dos meus irmãos Salesianos a abertura das nossas casas, embora gravemente arruinadas – refiro-me as dos Salesianos –, para acolher os refugiados, com o empenho de fazer com que se sintam bem, mesmo em meio à sua tragédia, como também a organização civil dos campos de refugiados e a opção de viverem em tendas como eles.
  Queira o Senhor transformar este duelo que encheu de luto todas as famílias de Haiti em canto e dança de alegria. Não seria justo nem responsável deixar cair no nada, no vazio, na esterilidade a morte das centenas de milhares de vítimas, como também a perda de tudo o que possuíam aqueles que se encontram na rua, sem mais nada.
  Da nossa parte, sentimos a necessidade de renovar o nosso empenho pelo renascimento do país, refundando ao mesmo tempo a Congregação com presenças que correspondam às expectativas da sociedade haitiana, da Igreja, dos jovens.
  Anteriormente eu dizia que, mais do que simplesmente levantar as paredes, trata-se de uma mudança de mentalidade.
  O Estado deve mudar de tal forma que possa garantir uma vida digna para todos os seus cidadãos, garantindo os direitos a todos e abatendo a injustiça, a corrupção, a miséria, sem ideologias e com expressões de autêntica democracia.
   Entretanto, também a Igreja, e nela a vida consagrada, deve mudar, procurando sempre mais identidade, fidelidade ao Senhor Jesus e ao seu Evangelho, integrando bem evangelização, promoção humana e transformação da cultura e da sociedade.
  Sob este perfil, estou contente pela forma com que o Superior da Visitadoria e o seu Conselho estão administrando a situação. Eles organizaram a assistência (providenciando tendas, comida, água, ajuda psicológica e espiritual) aos milhares de refugiados, sem teto, que vieram encontrar asilo em Thorland, PétionVille, Delmas, Cité Soleil. Interessaram-se em dar assistência aos empregados das nossas comunidades e obras. Organizaram os irmãos das casas que ficaram inabitáveis: ENAM, Fleuriot, Casa Inspetorial, Gressier.
  Teve também início um plano imediato, que contempla a reorganização da Visitadoria em todos os níveis, compreendido o da refundação das obras, a revisão da proposta pastoral em geral e em determinados ambientes, tendo sempre em mente particularmente as necessidades da sociedade, da Igreja e dos jovens.
   Após a visita 'in loco' e a informação disponível, em relação às nossas obras tem-se por necessário fazer primeiramente uma verificação da possibilidade de uso das casas e obras que ficaram em pé e, sucessivamente:
  • tornar seguras todas as obras, algumas das quais já foram saqueadas, reconstruindo os muros perimetrais que caíram;
  • reconstruir todo o conjunto das OPEPB, as que estão ao lado do ENAM e as situadas em Cité Soleil, o que implica a elaboração de um plano de conjunto para a Escola Lakay e um Centro Juvenil;
  • realocar ENAM de tal modo que se possa construir um Centro de Formação Profissional à altura da demanda, também voltando página da história desta obra: para tanto, deve-se buscar um lugar melhor;
  • reconstruir o Centro dos Jovens de Thorland e a quadra polivalente;
  • reconstruir a Paróquia de Cité Soleil e o Centro Juvenil;
  • reconstruir o dormitório e as salas de aula de Gressier;
  • reconstruir parte da escola primária de Pétion-Ville;
  • repensar toda a obra de Fleuriot, levando em conta as necessidades da casa para os pós-noviços e do Centro de Estudos;
  • realocar a Casa Inspetorial, deixando a sede atual para casa da comunidade de Cité Soleil;
  • simplificar o conjunto de obras em Fort-Liberté, privilegiando o Centro de Formação Profissional, a escola de formação de professores, que é estratégica e absolutamente necessária para formar o novo tipo de educadores de que Haiti precisa, e a escola de enfermagem, a única que restou no país;
  • discernir quanto ao futuro da Escola Agrícola "Fundação Vincent" de Cap-Haïtien, situada num propriedade que não é nossa, e procurar realocá-la em Tosià ou Gressier, onde temos uma extensão bastante grande de terreno de nossa propriedade. No momento, deve continuar a funcionar com os diversos serviços educativos que oferece;
  • decidir sobre Baudin (casa para o noviciado que, de fato, só funcionou por três anos): ou será doada à Conferência Episcopal Haitiana para o seu centro de formação ou será vendida.
  Isso não quer dizer que se deverá fazer tudo e tudo ao mesmo tempo. Será preciso fazer uma jerarquização das intervenções a realizar. Deveremos contar com a disponibilidade, já em ação, da Proteção Civil Italiana, que expressou a intenção e satisfação de colaborar estreitamente conosco, e com as ofertas que já chegaram às Procuradorias, de organismos internacionais, Inspetorias ou casas, Conferências episcopais e benfeitores.
    O prioritário, considerando o presente e o futuro, é continuar a fazer, onde for possível, que funcionem as escolas e os centros juvenis, e também construir ou reconstruir o mais depressa possível as obras que ficaram sem condições de habitabilidade. A prioridade com o cuidado e a educação dos jovens é absoluta, tanto mais que aquilo que está em jogo é a criação de uma nova cultura, por meio de uma nova educação, capaz de construir o novo Haiti.
  Isso tudo requer urgentemente pessoal capaz de coordenar esses trabalhos. Seria esta também a ocasião para fazer funcionar bem o "Bureau de Planification et de Développement" da Visitadoria. Contudo, o responsável direto de toda a 'operação de emergência e reconstrução do Haiti' é – como deve ser – o Superior da Visitadoria, P. Sylvain Ducange; a ele faz referência o P. Mark Hyde, diretor da Procuradoria das Missões de New Rochelle, a quem foi confiada a coordenação, e os demais organismos interessados na operação de reconstrução.
  No próximo ano, a Visitadoria "Beato Filipe Rinaldi" do Haiti celebrará o 75º aniversário de presença neste país. Para os irmãos haitianos será um autêntico jubileu, e espero que então já possamos ver a refundação do carisma como dom renovado de Deus aos jovens haitianos.
  Um jubileu é, também, tempo de conversão; isso significa dizer tomar consciência dos nossos pecados pessoais, comunitários e institucionais por não termos conseguido viver até o fim a nossa identidade de consagrados apóstolos, fazendo do Projeto espiritual e apostólico de Dom Bosco, codificado nas Constituições, um autêntico projeto evangélico de vida.
  Enquanto agradeço à Congregação, às nossas Procuradorias, aos organismos internacionais próximos de nós e simpatizantes da obra salesiana pela generosidade e ousadia com que responderam à minha carta anterior, convido a continuar o nosso esforço de enfrentar as necessidades ingentes desse país tão carente.
  Confio a Maria esta nova fase da história. Ela nos guie para sabermos estar à altura do desafio. Ela abençoe a todos nós.
  Com afeto e estima em Dom Bosco,
            Don Pascual Chávez V., SDB
            Reitor-Mor
Roma, 25 de fevereiro de 2010